Nos últimos anos, o número de carros elétricos e híbridos tem crescido exponencialmente no Brasil. De acordo com dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a alta foi de 73,3% em 2025, subindo de 30,4 mil para 52,7 mil unidades vendidas. Com isso, o total de veículos eletrificados — somando híbridos e elétricos — chegou a 70.457 emplacamentos no primeiro quadrimestre de 2025.
Esse crescimento reflete uma mudança significativa no cenário automotivo e, com ela, surge uma questão importante para muitos condomínios: como lidar com a demanda crescente por infraestrutura de carregamento de carros elétricos?
Até o momento, não existe legislação específica ou norma técnica que regulamente esse tema. Nem mesmo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais possui uma resolução sobre o tema. Essa lacuna legal pode gerar dúvidas e desafios para síndicos e condôminos que buscam se adaptar a essa nova realidade. Por isso, confira a seguir algumas orientações da gerente técnica a PACTO Administradora, Stella Marinho:
Antes de tudo: consulte a assembleia do seu condomínio
Alterações na infraestrutura do condomínio, mesmo que pareça individual, impactam a coletividade. “Qualquer intervenção, mesmo uma instalação de tomadas realizada individualmente por cada condômino, deve ser previamente discutida e aprovada em assembleia, observando o quórum exigido em cada caso e as disposições previstas na convenção do condomínio”, explica a gerente da PACTO. Isso garante a transparência e a legitimidade das decisões, evitando problemas futuros.
Conte com um especialista
Segurança é fundamental quando se trata de instalações elétricas. Por isso, é recomendável que o condomínio contrate um engenheiro eletricista antes de realizar qualquer tipo de instalação de pontos de carregamento de carros elétricos. Esse profissional é essencial para avaliar a capacidade da infraestrutura elétrica existente no edifício e propor as adequações necessárias, garantindo que o projeto seja tecnicamente viável e, acima de tudo, seguro para todos.
Adaptações em prédios antigos
Condomínios mais antigos podem enfrentar desafios adicionais. A rede elétrica dessas edificações, muitas vezes, não foi projetada para suportar a demanda de múltiplos pontos de recarga de veículos elétricos. Nesses casos, os condôminos precisam debater alternativas que não prejudiquem os demais moradores que ainda não possuem veículos elétricos. Algumas soluções incluem a instalação de tomadas em áreas comuns, com uso compartilhado, ou até mesmo a reestruturação completa da rede elétrica do prédio.
Estrutura em construções recentes
Por outro lado, em edificações mais recentes, que já foram entregues pela construtora com tomadas instaladas ou com projetos previamente aprovados para essa finalidade, a deliberação específica sobre o tema pode ser desnecessária, simplificando o processo.
A transição para a mobilidade elétrica é uma realidade. A demanda crescente exige que os condomínios se adaptem a essa nova necessidade. A solução está no diálogo, no planejamento e na busca por soluções que contemplem as necessidades de todos os moradores, garantindo segurança e viabilidade.
Seu condomínio já começou a discutir sobre a instalação de pontos de recarga para carros elétricos? Compartilhe suas experiências e dúvidas nos comentários!
Comunicação e Marketing da PACTO
(31) 3218-5000