Na hora de criar as regras do condomínio, você precisa compreender o que dispõe a legislação em vigor, avaliar a estrutura do prédio e o perfil dos condôminos, o que envolve entender mais sobre seus interesses e comportamentos.
Assim, esse é o melhor caminho para não exagerar nas proibições, mas preservar o bem-estar de todos. Isso torna o seu trabalho de gestão mais leve e faz com que todo mundo entenda a necessidade de respeitar o regimento interno e as decisões da Assembleia.
Quer saber mais? Neste artigo, trouxemos as principais dúvidas dos síndicos em relação às regras de condomínio e suas limitações. Acompanhe!
Qual o papel do síndico no estabelecimento de direitos e deveres?
O síndico é um dos principais atores responsáveis pela manutenção da paz, da tranquilidade e da harmonia entre os condôminos. Para tanto, há necessidade de estabelecer direitos e deveres de maneira clara e acessível para todos. Entre suas principais responsabilidades, estão:
- fazer cumprir a convenção e o regulamento interno;
- tomar medidas disciplinares quando necessário;
- gerenciar as contas;
- contratar e acompanhar o trabalho de funcionários;
- representar o condomínio em questões legais;
- presidir assembleias;
- manter uma comunicação eficaz com os condôminos;
- zelar pela segurança das áreas comuns.
Essas atividades estão direta ou indiretamente ligadas à qualidade de vida dos condôminos, responsável por manter um clima amistoso entre eles, especialmente nos momentos de uso das áreas comuns.
Por que é importante ajudar os condôminos a conhecerem as normas?
Proporcionar conhecimento das normas aos condôminos é essencial por diversos aspectos. Por exemplo, quando eles conhecem e entendem as regras, acabam se tornando mais propensos a obedecê-las.
Esse cuidado ajuda a criar um ambiente harmonioso, evitando conflitos e desentendimentos. Além disso, ajuda a auxiliar na promoção da segurança no condomínio, pois muito do que é definido é para aumentar a proteção de todos.
Em geral, a convenção e do regimento interno do condomínio estabelecem essas regras. Quer saber mais sobre eles? Então, continue lendo que vamos explicá-los mais a fundo, a seguir.
Como as regras do condomínio são determinadas?
Antes de entender como as regras do condomínio são determinadas em sua estrutura interna, vale destacar que a normatização aprovada em Assembleia não pode se sobrepor à legislação municipal, estadual ou nacional.
Na prática, elas devem ser definidas com base na elaboração da convenção do condomínio, seguida pela criação de um regulamento interno próprio. A convenção pode ser elaborada por um advogado e aprovada em uma Assembleia Geral dos condôminos.
Já o regulamento complementa a convenção, além de ser um documento legal que exige registro em cartório. Vale ressaltar que o processo de criação das regras deve ser transparente, democrático e permitir que todos os membros sejam ouvidos. Isso preserva a harmonia entre os condôminos e evita situações delicadas.
Como a convenção de condomínio e o regimento interno influenciam as regras?
Ter transparência e investir em uma boa comunicação para dar ciência aos condôminos sobre a convenção e o regimento interno do condomínio é fundamental para ter mais tranquilidade.
Esses documentos são muito importantes e definem as regras de convivência e gestão. Por isso, desempenham papel crucial para alcançar tranquilidade e evitar conflitos. Eles desempenham papéis distintos, mas complementares, na definição das normas que os condôminos devem seguir.
Por exemplo, a convenção vai tratar das regras básicas, bem como direito e deveres, forma de rateio de despesas e procedimentos de votação. Já o regimento interno é responsável pelas regras cotidianas, como horários de uso das áreas comuns, uso de churrasqueiras, vagas de estacionamento e de convivência em geral.
Por isso, a transparência e a ciência dos condôminos é tão importante. Afinal, sem conhecer o que precisam seguir, fica difícil cumprir as regras e evitar confusões entre eles.
É aconselhável proibir animais de estimação?
Essa é uma dúvida muito comum, ainda mais quando a pessoa está de mudança para o novo endereço e recebe as orientações iniciais do síndico. A questão é que não é aconselhável proibir a presença de animais de estimação no condomínio.
Mesmo que existam proibições nas regras do condomínio, a presença do bichinho constitui um exercício do direito de propriedade.
O morador que se sentir prejudicado pode encontrar recursos favoráveis na Constituição Federal, no Código Civil e em outras leis esparsas. Na maioria dos casos, os juízes favorecem a presença do animal no imóvel. O que vale é criar regras de boa convivência, como exigir o uso de focinheira nas áreas comuns para animais bravos, entre outras medidas.
É aconselhável proibir aluguel via Airbnb?
Como a contratação é toda online, a locação por temporada para usuários do Airbnb gera divergências entre locatários, proprietários e síndicos. A questão é que muita gente acredita que esse processo altera a dinâmica do condomínio e fragiliza a segurança, já que é frequente a circulação de pessoas.
Por se tratar de uma modalidade de aluguel relativamente nova, a legislação ainda não tem informações específicas sobre o assunto.
Em uma situação como essa, o aconselhável é que o condomínio siga as regras conforme o interesse coletivo. Assim, as determinações das assembleias devem prevalecer sobre os interesses individuais. Porém, a jurisprudência começa a dar sinais de que esse tipo de aluguel não deve ser proibido, desde que as regras do condomínio sejam observadas.
Permissões em relação às garagens com vagas não delimitadas
No caso de vagas de garagem não delimitadas, também chamadas de rotativas, esses espaços são parte do condomínio e de uso comum. Dentro dessas condições, o morador que comprar o apartamento terá um espaço não definido inicialmente para o seu veículo.
A partir disso, realiza-se um sorteio para divisão ou uma reserva por ordem de chegada no dia a dia, ou até outro critério pode ser definido pela Assembleia. Quanto aos condomínios que seguem o esquema de sorteio, geralmente fica definido que as vagas sejam sorteadas a cada seis meses ou um ano.
E o acesso de visitantes às áreas comuns?
É importante detalhar as normas no que diz respeito aos visitantes, seja no regimento interno do condomínio ou em Assembleia. Na maioria das vezes, as visitas podem usar as áreas comuns se estiverem acompanhadas por um morador.
Vale lembrar que, a partir disso, o condômino deve orientar o acompanhante a cumprir as regras do condomínio.
Agora você já sabe quais são as principais regras do condomínio e as limitações na hora de criá-las. O mais importante é que o síndico entenda tudo isso para tomar decisões baseadas na segurança, no conforto e na legislação.
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